A venda de bens ou a prestação de serviços a prazo formam a carteira de recebíveis. Com isso, fazer uma boa gestão desses créditos passa, necessariamente, pelos seguintes pontos:
· Criação de um processo de análise prévia de créditos;
· Criação de um processo eficaz de cobrança de créditos.
PARA QUE SERVE E O QUE COMPÕEM O PROCESSO DE ANÁLISE PRÉVIA DE CRÉDITO?
Este processo serve para identificar a capacidade de pagamento dos seus clientes e entender qual o melhor volume de crédito a ser disponibilizado, levando em consideração cada caso, diminuindo consideravelmente os riscos de inadimplência.
O processo de análise de crédito deve necessariamente atentar para os seguintes pontos:
· Ser conduzido por pessoas tecnicamente capacitadas e comprometidas com os resultados da empresa. Ou seja, que possuam treinamento financeiro ou contábil e que entendam perfeitamente os impactos da inadimplência;
· A análise prévia deve passar pelas consultas aos cadastros dos órgãos de acompanhamento de crédito, como SERASA, SPC e cadastro positivo, no caso de pessoas físicas. Em se tratando de pessoas jurídicas, além dos mencionados, o CADIN (cadastro de inadimplentes dos governos Federal, Estadual e Municipal);
· O processo de análise deve ainda basear-se em balanços e balancetes de pessoas jurídicas, a fim de verificar os índices de liquidez, grau de endividamento e capacidade de pagamento de seus clientes;
· Nas relações comerciais, o ideal é iniciar com valores e limites menores, os quais poderão ser revistos no decorrer do relacionamento;
· Manter um sistema de controle e registro do histórico comercial dos clientes.
Estas são algumas ações que poderão reduzir os índices de inadimplência, por ser uma atuação preventiva e que já se mostrou eficaz em diversas empresas.
MAS COMO CRIAR UM PROCESSO DE COBRANÇA DE CRÉDITOS?
O processo de cobrança de créditos funciona para garantir o efetivo ingresso de recursos no caixa da empresa.
Este processo pode ser realizado pela própria empresa, terceirizado ou ainda, em último caso, adotar-se uma forma híbrida. Porém, em todos os modelos deveremos atentar para os seguintes pontos:
· Utilizar um sistema de contas a receber, a fim de controlar o registro de todos os títulos, o volume de crédito disponibilizado na carteira e os prazos médios de recebimento;
· Estabelecer e criar uma linha cronológica para cobrança, definindo especificamente quais as ações serão realizadas para cada período de atraso e para cada cliente;
· Elaborar e emitir relatórios de títulos não pagos;
· Elaborar e emitir relatórios de títulos por vencimento, a fim de visualizar as entradas de recursos que servirá para elaborar o fluxo de caixa e montar o planejamento estratégico da empresa;
· Analisar o histórico de cobranças para identificar os atrasos e realizar as ações necessárias e imediatas como ligar para o cliente assim que o título estiver vencido, e negativar aqueles clientes que não responderam nenhuma das ligações.
CONHECENDO A NECESSIDADE DESTES DOIS PROCESSOS, COMO PROCEDER?
Conhecendo a necessidade destes controles, o administrador deve partir da premissa de que, para manter a empresa forte e competitiva, precisa manter o caixa positivo e consequentemente um bom capital de giro, a fim de fazer frente às necessidades operacionais da empresa. Com isso, uma das prioridades é manter os índices de inadimplência em zero ou muito próximo a isso.
DIANTE DESSE QUADRO, QUAL A PERCEPÇÃO GERAL SOBRE O TEMA NO MERCADO?
Para ser competitiva e atraente, a empresa deve ser dinâmica e focar nas operações que são a alma do seu negócio. Com base nisso, muitas empresas optam pela terceirização e contratação de uma assessoria de cobrança criteriosamente selecionada. Opção esta, que pode trazer ganhos significativos levando a inadimplência a índices bem reduzidos.


